terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Mito de Boiúna

(Representação "Cobra Grande")
A Boiúna, de mboi, "cobra" e una, "negra", também conhecida como boiaçú, de mboi e açú, "grande", ou ainda cobra-grande é, segundo Câmara Cascudo, o mais poderoso e complexo dos mitos amazônicos, exercendo grande influência nas populações às margens do rio Amazonas e suas proximidades.

Faz parte do ciclo dos mitos d'água, de que a cobra é um dos símbolos mais antigos e universais. Senhora dos elementos, a cobra-grande tinha poderes cosmogônicos, explicando a origem de animais, aves, peixes, o dia e a noite. Mágica, irresistível, polimórfica, aterradora, a cobra-grande tem, a princípio, a forma de uma sucuri ou uma Jibóia comum.

Com o tempo, adquire grande volume, abandona a floresta e vai para o rio. Os sulcos que deixa à sua passagem transformam-se em igarapés. Habita a parte mais funda do rio, os poções, aparecendo vez por outra na superfície. É descrita como tendo de 20 metros a 45 metros.

Marítimos que fizeram aumentar o medo que os indígenas tinham do monstro, com as dimensões multiplicadas pelo terror. Chamavam-no de Mãe-d'água e Mãe-do-rio, mas as histórias só mencionavam a voracidade da cobra-grande, arrebatando crianças e adultos que se banhavam. Recusavam-se a matar a cobra, porque então era certa a própria ruína, bem como de toda a tribo. (http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Boi%C3%BAna, Acessado em 06/11/2012, 20:34)

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