(Representação "Curupira")
Na
maioria das versões do mito, o Curupira é um menino pequeno ou um anão, de
cabeleira vermelha, que tem os pés invertidos com os calcanhares voltados para
trás. Essa imagem está de acordo com o significado de seu nome, que é formado
de "curu", uma contração de "curumim", que significa
"menino" e "pira" que quer dizer corpo. Daí
"curupira" dar a entender algo como "corpo de menino", ou
criatura com corpo de menino.
Em
outras variantes do mito, porém, o curupira chega a ser um gigante. Suas
características, por sinal, vão se modificando de acordo com os deslocamentos
geográficos, conforme ensina o folclorista Luís da Câmara Cascudo. Em algumas
regiões do Pará, ele tem quatro palmos de altura. No rio Negro, é calvo e tem o
corpo peludo; no Solimões tem dentes azuis e orelhas grandes.
Não
importam as variações, ele sempre tem os pés ao contrário, o que talvez se
justifique por sua função de protetor das árvores, dos animais e da mata.
Deixando rastros inversos, o curupira desorienta os caçadores e os faz se perder
na floresta. Para confundi-los ainda mais, ele usa assobios que parecem vir de
um lugar, quando, na verdade, vêm de outro.
O
curupira também costumava ser a explicação de rumores misteriosos na floresta,
desaparecimento de caçadores, perda de rumo ou esquecimento do caminho. Segundo
algumas lendas, o curupira faz acordo com os caçadores, providenciando armas
infalíveis para a caça, em troca de alimentos, de fumo ou de cachaça.
A
oferenda de presentes no mato, para fazer o curupira acalmar-se e não atacar os
seres humanos, é uma prática registrada entre os índios e mesmo entre os
seringueiros e roceiros do Amazonas. Contudo, mudam os presentes: os índios
oferecem colares, pulseiras e enfeites plumários, ao passo que os caboclos
oferecem comida, bebida ou fumo. (http://educacao.uol.com.br/folclore/curupira.jhtm,
Acessado em 04/11/2012, 14:21)
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