(Representação Lenda das Amazonas)
Em 1541, após descer o afluente Napo e chegar ao então Mar Dulce, nome
que Pinzon deu ao Rio Amazonas, eis que Francisco Orellana é atacado por
uma tribo de mulheres que, no testemunho de Frei Gaspar Carvajal, “são
muito alvas e altas, com o cabelo muito comprido, entrançado e enrolado
na cabeça.
São muito membrudas e andam nuas em pêlo, tapadas as suas
vergonhas, com os seus arcos e flechas nas mãos, fazendo tanta guerra
como dez índios”. Em seu relato Carvajal narra a seguir que embora
abatessem vários índios que eram comandados pelas mulheres e mesmo
algumas destas, os espanhóis se viram obrigados a fugir, tendo, porém
capturado um índio. Este mais tarde, ao ser interrogado, declarou
pertencer a uma tribo cujo chefe, senhor de toda a área, era súdito das
mulheres guerreiras, que eram acompanhadas pela chefe Canhori.
O
prisioneiro, respondendo a várias perguntas do comandante, disse que as
mulheres não eram casadas e que sabia existir setenta aldeias delas.
Descreveu a casa das mulheres como sendo de pedra e com portas, sendo
todas as aldeias bastante vigiadas. Disse ainda que elas pariam mesmo
sem ser casadas porque, quando tinham desejo, levavam os homens de
tribos vizinhas à força, ficando com eles até emprenharem, quando então
os mandavam embora. Quando tinham a criança, se homem era morto ou então
mandavam para que o pai o criasse, se era mulher, com elas ficavam e a
menina era educada conforme as suas tradições guerreiras, seus hábitos e
suas riquezas, pois tais mulheres possuíam muito ouro e prata. (http://www.istoeamazonia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=395&Itemid=58 Acessado às 16:02 no dia 20/11/2012)
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